As polícias Civil e Militar prenderam, nesta quinta-feira (11), o traficante mais procurado de Gravatá, no Agreste de Pernambuco. José Almir Barros de Morais, mais conhecido como Almir, foi encontrado dentro de casa, na Zona Rural do município, com a esposa.
Solto desde outubro de 2018, o homem é investigado pela morte de seis traficantes no primeiro semestre de 2019. Segundo o delegado Álvaro Grako, os homicídios foram motivados pela retomada de território. "Quando ele voltou às ruas, quis tomar o seu território e, nisso, ele retomou a preço de muito sangue, vitimando muitas pessoas que estavam ocupando aquelas bocas de fumo", disse. "Ele começou, um a um, a tomar aquelas bocas de fumo que estavam ocupadas por outros traficantes e que aqueles traficantes se negavam a comprar droga e revender para ele. Aqueles que se negavam, pagavam com a morte", completou.
Ainda de acordo com Grako, pessoas que são ligadas ao tráfico informaram à polícia que o homem é integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC). "Pessoas disseram que ele é batizado e filiado ao PCC", afirmou.
Segundo o delegado, o homem está respondendo por tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo e por cinco homicídios. O sexto, ainda está em investigação e Almir "provavelmente também será indiciado ao final".
Prisão
A prisão do traficante aconteceu no âmbito da Operação de Intervenção Policial Tática, denominada Rinha Fechada. O nome foi escolhido porque o suspeito é frequentador assíduo de rinhas de galo e uma dessas rinhas foi fechada pela polícia em uma região dominada por Almir, conhecida como Mandacaru, na Zona Rural de Gravatá.
Segundo o tenente coronel Fábio Batista, Almir não reagiu quando os policiais chegaram e negou estar armado ou possuir qualquer material ilícito. No entanto, os policiais fizeram uma revista e encontraram uma pistola calibre 380 e dois carregadores com 12 munições cada.