Da meia-noite até as 14 horas de hoje, pouco antes do início do julgamento, a Diretoria de Análise de Políticas Públicas (Dapp) da FGV identificou 173,7 mil menções ao assunto, ainda sob o impacto expressivo do posicionamento do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas. Ontem, o militar publicou na rede social que "repudia a impunidade" e que o Exército "está atento às suas missões institucionais".
Entre as 13h e as 14h desta quarta, imediatamente antes do começo da sessão, houve 27.797 menções (463 por minuto) no Twitter, dentre as quais 9.122 mencionam o general, a temática de intervenção militar e a repercussão civil das mensagens de Villas Bôas no Twitter. Duas horas antes, de 11h às 12h, a média foi de 305 publicações por minuto. De acordo com a FGV, 32,8% do debate no período é sobre Lula.
Outros personagens também são citados no debate. "Entendida como definitivo não apenas para Lula, como para outros atores políticos do Brasil, a decisão sobre o habeas corpus e a prisão após 2ª instância desperta alto volume de menções a certos atores", diz a FGV. Até às 14h, Aécio Neves foi mencionado 5,2 mil vezes e Michel Temer tem 8,4 mil associações, sendo citado em associação a Villas Bôas e à pauta de intervenção militar. A ex-presidente Dilma Rousseff aparece em 2,4 mil menções no período.
Duelo
O engajamento de internautas se manifestando contra ou a favor da concessão de habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou força nas últimas horas.
Nesta quarta-feira, da 0h às 14 horas, a hashtag #lulalivre aparece em 22,2 mil publicações no Twitter, enquanto a expressão #lulanacadeia é citada 8,2 mil vezes.
Considerando as publicações desde a meia-noite de terça-feira, 3, até as 11 horas de hoje, a mensagem #lulalivre tinha tido 10,8 mil referências, enquanto a hashtag #lulanacadeia registrou 21,5 mil citações.
Fonte: Exame