Na
próxima quarta-feira (7), o presidente Michel Temer e o ministro Raul Jungmann
(Segurança Pública) farão reunião com prefeitos de capitais para discutir ações
integradas na segurança pública. Segundo Jungmann, dos R$ 42 bilhões anunciados na semana
passada, R$ 10 bilhões serão oferecidos às prefeituras na forma
de empréstimo.
Na semana passada, Temer e Jungmann reuniram os
governadores com o mesmo objetivo. No encontro, o governo anunciou a criação de
uma linha de crédito para investimentos em segurança no valor de R$ 42 bilhões.
"Deste total, vamos oferecer R$ 10 bilhões aos prefeitos para investimentos em
ações de combate à violência em suas cidades", afirmou Jungmann ao blog.
"Será talvez a primeira reunião no país reunindo
um presidente e prefeitos para discutir especificamente ações na segurança
pública", disse Jungmann, que nesta terça-feira (6) estará reunido com os
comandantes de Polícias Militares de todo o país em São Paulo.
Na saída da reunião, na semana passada, governadores pediram mais verbas ao
Palácio do Planalto. Eles queriam, inicialmente, a oferta de dinheiro do
orçamento da União para destinar a programas de segurança pública, mas o governo
decidiu criar a linha de financiamento porque, neste momento, as verbas
federais já estão alocadas para outras áreas e as despesas já bateram no teto
dos gastos públicos.
A equipe de Temer destacou que, no momento,
apenas por meio da linha de crédito seria possível destinar verbas num valor
que atendesse a todos. Mesmo assim, o presidente prometeu fazer remanejamentos
e destinar uma parcela, ainda definida, de verbas do orçamento para estados e
municípios utilizarem no combate à violência.
Desde a segunda quinzena de fevereiro, o
presidente Temer passou a focar a agenda
principalmente em segurança pública. A estratégia, na avaliação
de assessores palacianos, funcionou e tirou o governo da defensiva em que se
encontrava, já que não conseguiu os votos necessários para aprovar a reforma da
Previdência Social.