(Foto: Rádio AmarajiFM 98.5 Mhz- Amaraji PE)
Nunca duvide do Sport. Esse é o lema que todo rubro-negro se orgulha de dizer. E que se fez valer nesta quarta-feira. Após perder a partida de ida das semifinais por 2 a 1, precisava vencer o Santa Cruz por diferença de dois gols no Arruda. E em um clássico que entregou tudo o que se esperava dele (disputado, quente e cheio de polêmicas e alternâncias), o Leão cumpriu a sua missão. E se no primeiro confronto, o atacante Hallef Pitbull encerrou um jejum de oito jogos sem gols ao anotar o tento da vitória coral, dessa vez o herói foi André, que aos 32 minutos classificou o Sport colocando ponto final a um hiato de 12 partidas sem marcar. Na decisão, o rubro-negro vai encarar o Bahia, nos dias 17 e 24 de maio, com jogo de ida na Ilha do Retiro e a volta na Arena Fonte Nova. Antes, porém, decide também o Campeonato Pernambucano. A começar por domingo, contra o Salgueiro, em casa, no primeiro jogo da final. A volta ainda não tem data. Ao Santa, resta a decisão do terceiro lugar contra o Náutico (ida sábado, na Arena de Pernambuco) para lutar por uma vaga no Nordestão de 2018.Como a decisão pedia, Santa Cruz e Sport fizeram um primeiro tempo já eletrizante. Desde os primeiros segundos, com André obrigando Júlio César a fazer uma ótima defesa seguido de um princípio de confusão na área antes da cobrança de escanteio entre rubro-negros e tricolores após André trombar com Hallef Pitbull. Seria a primeira de muitas.
Apesar da necessidade de vencer por dois gols de vantagem, o técnico rubro-negro Ney Franco não abriu mão do esquema com três volantes, com Diego Souza atuando mais avançado e a volta de Ronaldo Alves na defesa, após passar sete partidas ausente por um estiramento muscular. Os dois, no entanto, ficariam pouco tempo em campo.
Logo com 15 minutos, o camisa 87 sentiu uma dor muscular na coxa e precisou ser substituído. O que seria um baque nas pretensões leoninas, por perder seu principal jogador, se transformou em gol no minuto seguinte, com o substituto Everton Felipe, abrindo o placar com liberdade ao finalizar na entrada da área, elevando de vez a temperatura no Arruda. O Sport estava no jogo.
O gol tão cedo do Leão assustou os tricolores, que até então lembrava a sua pior face nessa temporada, apenas se defendendo, rifando a bola com chutões. Mas aos poucos, o time do técnico Vinícius Eutrópio, que manteve a mesma formação do jogo de ida (apenas com o retorno de Júlio César ao gol), começou a colocar a bola no chão e equilibrar as ações. Tendo em Thomas o maestro. E o lado esquerdo, em cima de um Ronaldo Alves nitidamente sem condições físicas, como o mapa da mina.
Por ali, o Santa só não empatou porque Durval salvou em cima da linha e porque Pereira perdeu um gol que não se perde. Após Thomas ganhar mais uma em cima de Ronaldo Alves e chutar, o meia coral, embaixo da trave e sem marcação,"furou" após rebote de Magrão.
Os tricolores ainda tiveram uma chance na especialidade da casa. Com Anderson Salles cobrando falta da entrada da área, mas parando em Magrão. Defesa comemorada como um gol pelos rubro-negros.