O MPF já havia expedido no ano passado recomendações aos órgãos pernambucanos que não estavam cumprindo suas obrigações legais, dando um prazo de 120 dias para que se adequassem à Lei de Transparência. As recomendações foram acompanhadas de um diagnóstico dos municípios para que os gestores pudessem saber quais pontos estavam em desacordo com a legislação. Como houve descumprimento, o MPF acionou a Justiça contra os municípios. Para o MPF, a transparência dos dados é um eficiente mecanismo de prevenção e combate à corrupção. Com isso, o cidadão poderá acompanhar e cobrar a correta aplicação dos recursos públicos.
Bons exemplos
Já o município do Recife ocupa a primeira posição no ranking nacional da transparência das capitais brasileiras, com nota 10, juntamente com Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. Na primeira avaliação, Recife estava na 4º colocação, com média 8,4. Outros exemplos de melhorias são os municípios de Sertânia (nota subiu de 6,8 para 9,5 em relação à primeira avaliação), Serra Talhada (média era 5,7 e está agora em 9,3) e Cabrobó (de 4,2 para 8,8). O índice de transparência do portal do Governo do Estado de Pernambuco também subiu, de 7,5 para 8,8. No ranking nacional, os estados do Espírito Santo, Ceará e Rondônia lideraram a pontuação com nota 10. Pernambuco ficou em 11º lugar.
Monitoramento nacional
O Ranking da Transparência, desenvolvido pela Câmara de Combate à Corrupção do MPF, monitorou todos os 5.567 municípios do país, além dos 26 estados e do Distrito Federal. O nível de transparência de estados e municípios brasileiros aumentou cerca de 30% entre a primeira e a segunda análise. De 3,92, em 2015, subiu para 5,15, em 2016. A listagem completa com a nota de todas as cidades e estados avaliados está disponível na página do ranking