(Foto: Rádio Amaraji FM 98.5 - Amaraji PE)
G1PE
A Polícia divulgou, nesta sexta (4), novas informações sobre o assassinato do radialista Israel Gonçalves da Silva, morto no município de Lagoa de Itaenga, na Mata Norte do Estado, no último dia 10 de novembro. Segundo informações dos Delegados Pablo de Carvalho e João Gaspar, à frente das investigações, quatro dos suspeitos teriam se reunido, na primeira semana de novembro, num ponto próximo ao local em que iriam executar o crime. Um dos integrantes da quadrilha foi excluído da execução por ser considerado imaturo.
No fim de semana que antecedeu o assassinato, um dos três suspeitos procurava o radialista pela cidade para apontá-lo à dupla que iria executar o crime. Israel Silva, porém, foi visto somente na segunda-feira, 9 de novembro, levando seu filho à escola. Na terça feira, 10 de novembro, o radialista foi seguido por um dos suspeitos. Ao chegar numa loja de informática, a vítima foi rendida pelo criminoso e executada no mesmo local, com cinco tiros de revólver e um tiro de espingarda.
De acordo com a Polícia, a abordagem foi registrada pelas câmeras de segurança do estabelecimento. Dois dos suspeitos que participaram da execução já haviam sido presos anteriormente, nos dias 16 e 21 de novembro, mas as investigações ainda corriam sob sigilo. Um deles, responsável por atirar no radialista com uma espingarda calibre 12, ainda está foragido.
Entenda o caso
O radialista Israel Silva foi morto a tiros na manhã do último dia 10, dentro de uma loja na Avenida Manoel José da Silva, no centro de Lagoa de Itaenga. A vítima, que também era guarda municipal, tinha um programa de rádio sobre segurança e política. Segundo a Polícia Militar, a opinião forte que ele emitia na rádio pode ter motivado crime.
Na ocasião, a PM informou que dois suspeitos teriam cometido o assassinato, utilizando arma de grosso calibre — Israel Silva foi atingido por pelo menos dois disparos: no braço e no pescoço. No dia do crime, duas pessoas foram detidas e dois adolescentes foram apreendidos na cidade. À época, no entanto, o delegado Pablo de Carvalho disse que ainda não sabia se os suspeitos tinham envolvimento com a execução do radialista.
No mesmo dia do crime, o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, o tenente-coronel João Bosco, mencionou que a execução pode estar relacionada à atividade profissional do radialista. "É uma linha de investigação, visto que ele era bastante ostensivo em algumas opiniões, tanto na área policial, em relação a alguns acusados de crimes na área, quanto com relação à política do município", explicou.